Veículos serão monitorados

eículo: Zero Hora – 30/11/2006

Ficha corrida no pára-brisa

Brasil terá sistema de rastreamento por chips



Na opinião do presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Carlos Ubiratan dos Santos, o trabalho simultâneo nos três Estados do Sul - pelo menos - é fundamental para a eficiência do sistema. Caso contrário, prevê ele, haveria uma "fuga" dos proprietários que moram próximo às divisas. Além disso, é preciso monitorar os veículos em trânsito.


O sistema funcionará com antenas espalhadas pelas ruas que lerão os dados contidos nos chips instalados nos carros. Estará em pleno funcionamento em cinco anos.

O coordenador de planejamento normativo e estratégico do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Mauro Mazzamati, ressalta que cada Estado fará sua própria licitação, e as empresas escolhidas têm de obter homologação do Denatran, garantindo que todas "falam a mesma língua". Este processo deve estar encerrado em 18 meses.

Sem bisbilhotices


Os chips implantados no pára-brisa dianteiro conterão informações sobre registro, pagamento de impostos, multas e ocorrências policiais. Tais dados serão decodificados por antenas instaladas nas ruas e estradas. Assim, será mais fácil encontrar carros roubados e saber quem está em dia com o Detran. Controle de tráfego e de cargas também serão facilitados.


O coordenador do Denatran ressalta que a idéia "não é bisbilhotar a vida de ninguém". O acompanhamento constante só será adotado se houver, primeiro, autorização do proprietário do veículo, e, segundo, se o Detran oferecer a possibilidade de convênios com seguradoras, por exemplo. Caso contrário, apenas as autoridades terão acesso às informações.


Se o contribuinte concordar, acrescenta Mazzamati, o Estado poderá agregar outros serviços ao sistema, como pagamento automático de pedágio e estacionamento (recebendo a conta em casa).



Chip custará R$ 55



Importados, os dispositivos devem custar US$ 25 (cerca de R$ 55 pela cotação atual). Embora as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro tenham manifestado intenção de custear a implantação das peças, o presidente do Detran afirma que isso está fora de cogitação no Rio Grande do Sul.



- O contribuinte bancar o chip para os donos de automóveis é o fim - ressalta. - É bom para a sociedade, mas também é bom para o dono do carro, que estará protegendo seu patrimônio - completa.



20% circulam irregularmente


Hoje, cerca de 4% dos 3,8 milhões de veículos com placa do Rio Grande do Sul estão com o Imposto sobre Propriedade de Veículo Automotor (IPVA) atrasado. A inadimplência no licenciamento chega a 20%, conforme Ubiratan.


- Muita gente paga o IPVA mas não faz o licenciamento porque teria de quitar o seguro obrigatório e multas - explica o presidente do Detran.









Veículo: TV Cidade – SE - 30/11/2006

Contran cria novo sistema de identificação de veículos

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) aprovou a resolução que cria o Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (SINIAV) que tem o objetivo de planejar e implantar ações de combate a roubo e furto de veículos e cargas assim como gerir o controle de tráfego. Definido pela Resolução 212 do Contran, o SINIAV é resultado dos estudos desenvolvidos pelo Grupo de Trabalho definido pelo Ministério das Cidades.
O Grupo, composto por representantes do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Secretaria Municipal de Trânsito de São Paulo e Departamento Estadual de Trânsito do Rio de Janeiro, após sessenta dias de estudos elaborou proposta estabelecendo os requisitos para implantação do sistema que será capaz de identificar os veículos da frota brasileira.


De acordo com a Resolução 212 do Contran, publicada nesta quarta-feira, o SINIAV é composto por placas eletrônicas instaladas nos veículos, antenas leitoras, centrais de processamento e sistemas informatizados. A placa eletrônica deverá conter um número de série único e terá as informações referentes ao número da placa do veículo, número do chassi e código RENAVAM. Essa placa eletrônica deverá se tornar um instrumento eficaz de fiscalização em projetos voltados para o aumento da mobilidade urbana e no controle ambiental Já as antenas que farão a leitura serão instaladas em locais definidos pelos Departamentos Estaduais de Trânsito.


Os estados e o Distrito Federal terão dezoito meses para dar início ao processo de implantação do sistema. A partir do início terão quarenta e dois meses para concluí-lo. Na esfera estadual será de responsabilidade dos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) o gerenciamento do sistema, assim como a implantação das placas de identificação.
As placas serão instaladas na parte interna do pára-brisa dianteiro do veículo. No caso dos veículos que não possuem pára-brisa as placas serão fixadas em local que garanta seu pleno funcionamento.









Veículo: Diário de Pernambuco – PE – 30/11/2006

Seção: Cidade

Veículos serão monitorados

Em um prazo de cinco anos, os 43 milhões de veículos que circulam no Brasil serão monitorados por placas eletrônicas. Ou melhor, por chips. Com o sistema, pretende-se aumentar a fiscalização referente ao pagamento do IPVA, controle de velocidade nas vias e auxiliar as entidades competentes na localização de motos, carros e caminhões roubados. A medida foi aprovada pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN) e divulgada em Diário Oficial na última semana. De acordo com o coordenador geral de planejamento normativo e estratégico da entidade, Mauro Mazzamati, os Detrans de cada estado terão um prazo de 18 meses para promover licitações das empresas que fornecerão os chips, organizar o processo de instalação e de divulgação e, em mais 42 meses, começar a operar o sistema.



O custo dos aparelhos varia entre R$ 10 e R$ 30, despesas a serem arcadas pelos departamentos de trânsito. Já o motorista pagará pela instalação, estimada entre R$ 50 e R$ 60, segundo o presidente do Detran-PE, Franklin Azoubel. Os veículos terão que colocar o chip no ato do licenciamento. Quem não instalá-lo, estará sujeito à multa grave no valor de R$ 127,69, além de cinco pontos na carteira nacional de habilitação. Azoubel explica que serão instaladas antenas em vários pontos da cidade que transmitirão, através de radiofreqüência, as informações dos chips ao Sistema Nacional de Identificação Automática de Veículos (Siniav), que transmite os dados para central de operações. Entre as mensagens transmitidas pelo aparelho estão o número de série do chip, a placa do veículo, chassi e o código do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). 'O ideal é que, próximos à antena, sejam instalados pontos de fiscalização na cidade e nas rodovias', diz Azoubel. Ele alerta ainda que 'não adianta somente instalar o sistema, mas tem que haver agentes de trânsito atuando para utilizar os recursos disponíveis. Para isso, é preciso um trabalho integrado com entidades como Bptran e polícia rodoviária'. Ainda segundo Azoubel, existem hoje 1,2 milhão de carros licenciados no estado. Desse total, 18% estão inadimplentes. Com a intensificação da fiscalização eletrônica, estima-se que esse número chegue a 10% em um primeiro momento.



Em nível nacional, a inadimplência é em torno dos 40% e pretende que se chegue a 5%. Com o sistema, também se acredita que reduza o número de subornos aos agentes de trânsito. Isso porque haverá uma relação dos veículos que circulam diariamente com alguma pendência e o número dos carros que foram autuados. Desde janeiro deste ano, Pernambuco já conta com blitzes eletrônicas a partir de três unidades volantes localizadas em pontos estratégicos da cidade, o que já tem contribuído no controle da inadimplência de IPVA. Outros seis pontos estarão funcionando dentro de seis meses. 'Com o novo sistema, teremos mais um reforço para otimizar a auditoria e fiscalização no trânsito', destaca Azoubel.Atuação - O sistema de monitoramento de veículos funciona, hoje, no Chile, Argentina, México, Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Itália, Alemanha, Suécia, China, Filipinas e Japão. 'Vários países contam com o uso dessa tecnologia com diferentes aplicações e objetivos', diz o coordenador Mazzamati. Por enquanto, não há obrigatoriedade de as montadoras já produzirem os veículos com os chips. 'O que não impede que, no futuro, elas possam trazer esse adicional nos seus produtos', conclui.

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